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..::.. Marechal Deodoro ..::..
Hoje uma cidade visitada por muitos,
Uma cidade mais humanizada,
Um grande centro de reuniões,
Caminhadas, e esporte a céu aberto,
Onde as crianças têm a liberdade
De brincar, correr, e sonhar,
Você e toda sua família,
Venham, vivam e conheçam a nossa,
Orla Lagunar.

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    ..::..  Marechal Deodoro  ..::..


    Depois do descobrimento do Brasil pelos portugueses, os franceses começaram a se interessar pelo pau-brasil. Aportaram, então, numa praia perto da mata, onde hoje está situada a Praia do Francês, no atual município de Marechal Deodoro, e passaram a contrabandear a madeira com a ajuda dos índios Caetés.

    Com o objetivo de defender a sua nova colônia, a Coroa Portuguesa dividiu o país em 15 lotes, ou Capitanias Hereditárias, que eram entregues a donatários que tinham o direito de guardá-la militarmente, fundar vilas e povoados. Tinham a obrigação, porém, de pagar impostos à Coroa.

    Coube a Duarte Coelho Pereira a Capitania de Pernambuco, que continha o território do que hoje é o Estado de Alagoas.

    O donatário, resolvendo por fim ao contrabando do pau Brasil, combateu os franceses e todos os índios que os ajudaram. Fazendo, desta forma, inimizade com os Caetés.

    Em 1554, acreditando está tudo sob controle, Duarte Coelho foi a Portugal, vindo a falecer lá. Quando tomaram conhecimento da morte do donatário, os Caetés começaram a atacar os povoados. Foi num desses ataques que os índios antropófagos mataram e comeram o Bispo D. Pero Fernandes Sardinha, que tinha naufragado no Rio Coruripe.

    Capitania dividida em Sesmarias

    A Capitania começou a desenvolver-se com o plantio de cana-de-açúcar, o que levou ao aparecimento de muitos engenhos. Em pouco tempo foi necessário reordenar a capitania, dividindo-a em sesmarias.

    A Sesmaria de Madalena ficou sob a responsabilidade de Diogo de Melo e Castro, e tinha os seguintes limites: cinco léguas do litoral da Pajuçara, ao Porto do Francês, com sete léguas de frente a fundos para o Sertão e mais quatro léguas da boca do Rio Paraíba.

    Mas, não cumprindo as regras de povoamento da sesmaria em cinco anos, o primeiro sesmeiro perdeu a concessão, sendo substituído por Diogo Soares da Cunha. Esse fundou a vila denominada Madalena de Subaúma, deixou-a aos cuidados do Capitão-mor Henriques de Carvalho, e voltou para Portugal. Foi então que seu filho, Gabriel Soares da Cunha, assumiu a chefia do patrimônio, com o título de Alcaide-mor de Madalena.

    A vila começou a desenvolver-se onde hoje é o bairro de Taperagua, uma planície em volta ao Rio Sumaúma e a Lagoa Manguaba. Um lugar de visão privilegiada permitia que o inimigo fosse vigiado.

    Em 1630, os holandeses invadiram a Capitania de Pernambuco, mas mesmo assim a sesmaria de Madalena de Subaúma crescia, tendo a agricultura como principal fator de desenvolvimento. Muitos engenhos surgiam e já era fabricado e exportado o açúcar da região. Neste cenário, o quarto Donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte de Albuquerque Coelho, criou a Vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul.

    Não tardou para que a Vila de Santa Maria Madalena se tornasse a mais desenvolvida da época. Foi então que passou a abrigar a sede da Comarca de Pernambuco.

    Independência


    Esta comarca teve 17 ouvidores, sendo o último António José Ferreira Batalha, o temido Ouvidor Batalha e, foi graças a sua administração o Rei D. João VI assinou o Decreto Régio que separou politicamente Alagoas de Pernambuco, no dia 16 de Setembro de 1817.

    A situação econômica da recém criada capitania era destaque, principalmente de duas vilas: a de Alagoas da Lagoa do Sul (atual Marechal Deodoro) e Maceió.

    Em 8 de Março de 1823, num cenário de lutas para consolidar a independência do Brasil, a Vila de Alagoas recebeu o foral de cidade e passou a ser sede da capital da Província, sendo o primeiro Presidente Nuno Eugênio de Lossio e Seiblitz.

    Em abril de 1838 Agostinho da Silva Neves assumiu a Província e, no ano seguinte, transferiu o cofre do tesouro para Maceió. Era o início da mudança de capital. Assim, no dia 9 de dezembro de 1839, foi sancionada a resolução legislativa 11, transferindo a metrópole para Maceió.

    Marechal Deodoro da Fonseca


    Filho do Coronel Manuel Mendes da Fonseca e pertencente a uma família de tradição militar, o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro em 1843, com pouco mais de 15 anos.

    Participou ativamente da guerra entre Uruguai e Paraguai, voltando de lá com o título de Coronel.

    Em 1884 passou a ser Marechal e cinco anos após, no dia 15 de novembro de 1889, proclamou a República Brasileira. Sendo o primeiro Presidente da República do Brasil, permanecendo no cargo até ao dia 23 de novembro de 1891, quando, já muito doente, passou o cargo para o também alagoano Marechal Floriano Peixoto.

    Depois da renúncia de Deodoro, muitas rebeliões assolaram o País. O Congresso exigiu novas eleições para presidente. Mas, Floriano foi irredutível. Os militares fizeram diversos manifestos pela volta de Deodoro. Mas enquanto isso, sua saúde piorou gradativamente, até que o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca morreu ao meio dia do dia 23 de agosto de 1892.

    Localização


    Microrregião de Maceió, faz limites com Pilar, São Miguel dos Campos, Satuba, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e Oceano Atlântico. Está localizada há 5 metros acima do nível do mar, tem área de 363,3 km2. Clima temperado, varinado entre 29° 22° C. Sua economia baseia-se na cana-de-açúcar, na pesca, no coco e no turismo.

    O município é banhado pelas lagoas Mundaú e Manguaba e tem como atrativos naturais a Ilha de Santa Rita (maior ilha lacustre do país e área de preservação ambiental), a Prainha, a Praia do Saco (própria para o nudismo), a Bica da Pedra, o povoado de Massagueira e a conhecida Praia do Francês.

    Os eventos são: Campeonatos de Surf, Festival de Verão, Carnaval, Festa do Pato, Baile Histórico, São João, Festival Lacustre e Encontro Cultural.

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    ..::..  Deodoro da Fonseca  ..::..



    Com a queda da monarquia em 1889, o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca tornou-se o primeiro presidente do Brasil. Nasceu em Alagoas, no atual município de Marechal Deodoro, em 5 de agosto de 1827 e foi militar diplomado pela Academia Militar do Rio de Janeiro.

    Militar e estadista, combateu na Revolução Praieira em Pernambuco, na luta contra Aguirre, no Uruguai e na Guerra do Paraguai. Atingiu todos os postos da carreira militar, até Marechal de Campo, condecorado várias vezes pela bravura em combate.
     
    A guerra foi a porta de entrada de alguns oficiais à vida política, e Marechal Deodoro como bravo combatente, foi reconhecido pela figura do líder que, apesar de ter ligações pessoais com D. Pedro II e de ser conservador, discordava em alguns aspectos de seu governo. Após ser punido por desobediência, Deodoro liderou um motim que culminou com a abdicação do imperador e a criação da República do Brasil, em 15 de novembro de 1889. Foi o presidente provisório até fevereiro 1891; a partir dessa data, assumiu o governo como presidente eleito pela Assembléia Constituinte.

    Durante seu mandato, conseguiu progressos importantes para o desenvolvimento do País. Entre eles o reconhecimento oficial da República internacionalmente, separou a Igreja do Estado e aprovou uma nova Constituição garantindo a autonomia dos estados.
     
    Porém, sua inexperiência em administrar democraticamente o País, o levou a uma sucessão de problemas governamentais. Dissolveu o Congresso, enfrentou as divergências do exército, a crise entre os poderes executivo e legislativo e a revolta da Marinha; a possibilidade de uma guerra civil fez Marechal Deodoro recuar, renunciando em 23 de novembro do mesmo ano que assumiu, ao cargo de presidente.

    Faleceu em 1892, nove meses depois que se afastou da presidência.

    ..::..  Filhos ilustres de Marechal Deodoro  ..::..


    Coronel Manuel Mendes da Fonseca

    Nasceu no dia 25 de julho de 1975, filho único de Manuel Mendes da Fonseca Galvão e de dona Maria Mendes recebendo o nome do seu genitor, na localidade denominada de Sítio Gruaranha, distante uma légua da Vila de Anadia, estado de Alagoas.

    Manuel Mendes da Fonseca teve uma infância certamente igual a de todos os meninos do Nordeste. No dia 25 de setembro de 1806, aos 21 anos de idade, era praça no exército do Regimento de Infantaria do Recife.

    Em 1813, Manuel Mendes da Fonseca já era cabo e como tal, só se interessava pelo progresso na carreira militar, chegar aos altos postos e comandar. Na época, o exército não era regularmente organizado. Só uma grande dedicação pessoal conferia a vitória aos mais persistentes. E o Cabo Fonseca era persistente. Não se descuidava dos deveres e obrigações de soldado. Foi esse espírito militar que levou Manuel Mendes a combater, sem remorsos, os mais legítimos movimentos populares. Como militar, esteve à frente dos responsáveis pela repressão e esmagamento dos contrários à Coroa Portuguesa.

    Em 06 de março de 1817, estourava no Recife uma revolução chefiada por Domingos José Martins. Com golpes rápidos e inesperados, os rebeldes dominaram a cidade e contruíram uma junta revolucionária. Dali a rebelião espalhou-se para a Paraíba, Fernando de Noronha e Bahia.

    Em setembro de 1822, um grande disputa de poder tomava conta do território brasileiro, que em decorrência da Independência do Brasil, com separação do território português. Devido à resistência das tropas portuguesas aquarteladas em nosso país, alguns pontos do Brasil tornaram-se cenários para uma intensa guerra. Neste período de grande importância para a consolidação da independência brasileira, Manuel Mendes destacou-se numa arriscada missão chefiada por ele que consistia em levar reforço bélico para os soldados brasileiros que resistiam às tropas portuguesas na Bahia.

    Por este fato, Manuel Mendes da Fonseca foi promovido ao posto de Alferes (o equivalente a 2º Tenente) e logo foi transferido para o corpo de infantaria da Província de Alagoas. Pouco meses depois, no ano de 1823, Mendes foi promovido a capitão. No mesmo período conheceu Rosa Maria Paulina, com quem se casou e constituiu uma das famílias mais importantes para a história do país:

    Marechal Hermes Ernesto da Fonseca
    Marechal Severiano Martins da Fonseca
    Marechal Manuel Deodoro da Fonseca
    Coronel Pedro Paulino da Fonseca
    Capitão Hipólito Mendes da Fonseca
    Major Eduardo Emiliano da Fonseca
    General João Severiano da Fonseca
    Tenente Afonso Aurélio da Fonseca

    Com sua residência fixada em nossa terra, Manuel Mendes já era considerado pelo povo como mais um alagoano visando defender os nossos interesses. Foi um dos resistentes à transferência da sede provincial do Estado para Maceió.

    No final de 1839, Manuel Mendes segue para o Rio de Janeiro onde se apresenta e é prontamente recolhido à fortaleza de Villegaignon, onde permanece no cárcere até abril de 1840, onde seria julgado por deserção. No entanto o Conselho da Guerra decide envia-lo para sua terra onde seria definitivamente julgado.

    Ao contrário do que era esperado, Manuel Mendes da Fonseca foi exultado pelos deodorenses e volta a exercer funções na carreira militar, sendo promovido ao posto de coronel, chegando ao fim de sua carreira militar no ano de 1942.

    Em 1859, após ter incentivado todos os seus filhos a seguirem a carreira militar, faleceu o patriarca do Clã dos Fonseca.


    Rosa da Fonseca


    Filha de Antônia Maria de Barros e José de Carvalho Pedrosa, Rosa Maria Paulina de Barros Cavalcante nasceu no dia 18 de setembro de 1802, na localidade do Sítio Oiteiro, no Povoado Riacho Velho da antiga capital de Alagoas, atual município de Marechal Deodoro.

    A união de Rosa Maria Paulina com Manuel Mendes da Fonseca não era vista com bons olhos pela família Fonseca por sua origem pobre, descendente de índios e escravos. Vencendo os obstáculos da aristocracia da época, Rosa da Fonseca e Manuel Mendes casaram-se em setembro de 1824 e deram início à formação de uma das mais importantes linhagens militares do país.

    Sempre se mostrando orgulhosa por ser a matriarca de uma família de importantes combatentes na guerra pela soberania brasileira, Rosa da Fonseca não deixou-se abater com a morte de três dos seus sete filhos.

    Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de julho de 1873, onde foi sepultada no cemitério de São Francisco Xavier.

    Em 20 de agosto de 1979, em cerimonial fúnebre, com a presença de militares e cerca de 40 descendentes do fundador da República, Marechal Deodoro da Fonseca, foram translados os restos mortais de Rosa da Fonseca para o túmulo monumental de Deodoro, no já citado cemitério de São Francisco Xavier.

    A lápide do antigo túmulo de Rosa da Fonseca encontra-se na Casa de Deodoro, em Marechal Deodoro, para visitação pública.


    Marechal Hermes da Fonseca


    Hermes Ernesto da Fonseca nasceu em Alagoas, no atual município de Marechal Deodoro, em 11 de setembro de 1824.

    Em 25 de setembro de 1841, aos 17 anos, tornou-se praça no 1º Batalhão de Artilharia, matriculando-se na Escola Militar da Corte.

    No dia 14 de março de 1844 foi nomeado alferes. Serviu na província da Bahia e em Pernambuco, onde tomou parte na repressão à revolução Praieira. Destacou-se ainda nos combates de Camaragibe, Serrinha e Pau Amarelo. Por isso foi promovido a 2º Tenente neste mesmo ano.

    Em 1848 era comandante do Batalhão de Artilharia de Montanha em Pernambuco, combatendo os insurgentes que atacavam em Recife. Nesta oportunidade foi promovido a 1º Tenente.

    Em 1851 fez parte das tropas brasileiras que, conjuntamente com os exércitos aliados do Paraguai e Uruguai, derrotaram o ditador Juan Ortiz Rosas. Depois da evacuação de Montevidéu, comandou a Artilharia das Tropas de Observação na fronteira do Rio Grande do Sul.

    No ano de 1853, já como capitão, comandou em Bagé, uma bateria da Divisão de Informações, a qual invadiu o Uruguai em defesa dos brasileiros residentes naquele país.

    Em 1866, já promovido a major, acampou às margens do rio Paraná, frente às fortificações inimigas paraguaias no Itaipiru. Junto ao Passo da Pátria atravessou o rio e bombardeou as tropas inimigas, participando de um dos mais violentos combates das tropas paraguaias.

    ..::..  Patrimônio Histórico  ..::..


    O Centro histórico de Marechal Deodoro começou a ser construído em 1660. Nele conservam-se resquícios da colonização portuguesa no Estado de Alagoas. São prédios de arquitetura religiosa, do estilo barroco, que dão valor cultural inestimável às ruas do município.

    Igreja Conventual de Santa Maria Madalena – a primeira missa celebrada nesta igreja aconteceu na Semana Santa do ano de 1662. Mas sua obra só foi totalizada em 1793.
    Sua fachada apresenta adereços em formas de plantas, confeccionados em pedra calcária; pardieiras emolduradas nas janelas do coro; a janela central apresenta um óculo que favorece a ventilação. A Capela-mor, concluída em 1689 tem teto em caixotões e, a Capela profunda tem retábulo, que é uma estrutura em pedra ou talha de madeira que se eleva na parte posterior de um altar. Este trabalho é único em todo Nordeste brasileiro.

    Sob o coro existe um painel de Santa Clara de Assis, pintado pelo artista plástico pernambucano José Eloy, em 1817.

    No altar existe uma imagem de Cristo Crucificado, um exemplar da escola Jansenista, raríssimo. Em todo o Brasil, além desse de Marechal Deodoro, existe apenas mais um, na Bahia.

    Igreja da ordem 3.ª de São Francisco – construída durante o século XVIII, possui fachada de estilo Rococó. Uma porta única, feita em folha almofada, dá acesso ao templo que tem mais três janelas de adorno.

    Convento de Santa Madalena – também conhecido como Convento de São Francisco, em função dos seus construtores.

    O pátio interno tem ares de tempos medievais, por conta das colunas que sustentam os arcos em alvenaria com três cantos.

    Na parte superior do prédio funciona o Museu de Arte Sacra de Alagoas, que reúne todo o acervo religioso do município.

    Igreja de Nossa Senhora do Amparo – o monumento teve sua pedra fundamental lançada em 1757. Em 1819 recebeu a imagem grande que fica no altar, quatro do crucificado e mais uma da caixinha. Em 1860 sua obra foi dada como concluída, apresentando fachada com frontão brasonado em volutas e ladeados por dois pináculos. Na parte de baixo, um óculo lobulado e duas janelas sob a porta principal almofadada. Neste mesmo alinhamento frontal está a torre com uma sineira.

    No ano de 1683 a irmandade de Nossa Senhora do Amparo foi instituída.

    Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – obra simples, iniciada em 1834 pela irmandade do Rosário, para ser freqüentada pelos escravos e ex-escravos.


    Igreja do Carmo – obra de autoria dos religiosos carmelitas não tem data conhecida de construção, mas estima-se que seja anterior ao ano de 1715.

    Serviu de moradia para os religiosos que construíram o Convento do Carmo e, em 1872 passou a ser Capela do Cemitério do Carmo.

    Convento do Carmo – também conhecido como Convento Caiado, sua construção teve início em 1722, mas nunca foi dada como concluída, por conta da quizila judicial entre os responsáveis pela sua construção, os religiosos carmelitas, e os franciscanos. Os dois grupos religiosos disputavam a soberania religiosa local.

    Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – edificada pelo português João Esteves, em troca das terras do atual distrito de Massagueira. Foi queimada e destruída pelos holandeses quando da invasão do território.

    No ano de 1672 os habitantes da vila voltaram a levantar o monumento, que foi concluído em 1783.
               
    Em 1819 foi ali empossado o primeiro governador da Capitania de Alagoas. Em 1860, o Imperador D. Pedro I, juntamente com a Imperatriz Dona Teresa Cristina visitaram o monumento. Nesta igreja foi, também, celebrado o casamento do Major Mendes da Fonseca com Rosa da Fonseca. Assim como foram, neste templo, batizados todos os seus filhos, entre eles, Marechal Deodoro.

    Igreja do Senhor do Bonfim – primeira igreja construída no município de Marechal Deodoro. Não se sabe ao certo a data da sua construção, mas conhece-se o fato de o patrimônio ter sido estabelecido por Diogo Soares da Cunha, no ano de 1611. Portanto, sua obra já tinha, pelo menos, iniciado.

    Palácio Provincial – prédio comprado a Francisco Fernandes Lima, no ano de 1836, para ser adaptado a Palácio da Província.

    Serviu de Sede do Governo Provincial até dezembro de 1839, quando a Capital da Província foi transferida para Maceió.

    Em 1860 serviu para hospedar a família imperial e sua comitiva. E, a partir de 1961 passou a ser sede da Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro.

    Cadeia Pública e Casa da Câmara – construção iniciada em janeiro de 1850, aproveitada de um antigo prédio de armazém de sal. O prédio foi estrategicamente construído na parte alta da cidade, de onde se tem a vista de toda a parte lagunar do município.

    Casa de Deodoro – prédio que segue a linha das residências do período colonial, com beiral de telha em biqueira, com acabamento de telha dupla com revestimento de massa. Tem quatro janelas e uma porta central.

    Foi restaurada no ano de 1983 pela Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro. Hoje serve como museu sobre o símbolo maior do município, o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca.
    ..::.. Casa Natal de Marechal Deodoro da Fonseca ..::..

    Um típico casarão do século XVII, a Casa Natal de Marechal Deodoro está localizado no centro de Marechal Deodoro e possui indiscutível valor para o patrimônio histórico alagoano. Serviu de tronco familiar para o casal Manuel Mendes da Fonseca e D. Rosa da Fonseca, como também abrigou uma das mais célebres personalidades da vida política brasileira: Marechal Manuel Deodoro da Fonseca.

    Construída em beiral de telha em biqueira, com acabamento de telha dupla, o casarão possui quatro janelas e uma porta central. Em 1983, após passar por uma rigorosa avaliação de sua volumetria que apontava para o agressivo processo de degradação ao qual tinha sido submetido, o mesmo foi reconstruído. As alterações na estrutura do prédio fizeram com que perdesse suas características arquitetônicas originais - com exceção da fachada, que se manteve fiel ao projeto original.

    O vão maior de seu espaço interior foi dividido por apenas duas estruturas retas, insinuando a localização de um corredor central, que recebeu um acervo de peças, quadros e mobiliários que visam reconstruir o cenário da época em que foi proclamada a República.

    Desde então, o monumento histórico passou a ser um local para visitação pública, reunindo peças, algumas doadas por familiares do Marechal Deodoro, que retratam a época em que viveu um dos ícones da história brasileira e maior símbolo do município.

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    ..::..  Cultura de Marechal Deodoro  ..::..

     

    O município de Marechal Deodoro tem na cultura uma das suas mais fortes características. Das ruas da cidade soam acordes musicais como se cada pedra contasse um pouco de história, embalada pelo som das suas filarmônicas. As pessoas nascidas nesta terra têm nas mãos algo de delicado, próprio para o artesanato, para as rendas tão famosas.

     

    É de Marechal Deodoro o famoso Nélson da Rabeca, músico virtuose que decidiu enveredar pela arte aos 60 anos de idade, depois de construir o seu próprio instrumento. Hoje, o ex-cortador de cana-de-açúcar viaja pelo País inteiro levando consigo a esposa, dona Benedita, sua rabeca e os ritmos que aprendeu na sua terra natal: baião, xote, xaxado e a marcha.

    Mas a tradição artística do município não fica por aí. Andar pelas ruas do centro da cidade ou pelos povoados de Marechal Deodoro implica estar perto de exemplares típicos do artesanato alagoano, das rendas delicadas feitas pelas artesãs locais. Pontos como o filé e o labirinto são ensinados de mãe para filhas. E, os filhos, aprendem com os pais a arte de pescar ou o jeito ágil de moldar estátuas em argila ou madeira.

     

    As tradições populares também são bem resguardadas em Marechal. Grupos folclóricos fazem questão de preservar folguedos como o pastoril, o coco-de-roda ou o guerreiro, a fim de mostrar aos visitantes e ensinar às futuras gerações a essência do povo das Alagoas.

     

    A religiosidade é outro traço marcante do município. Além das suas belíssimas igrejas centenárias, as festas em honra de santos são um costume preservado ao longo dos tempos. A festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição, por exemplo, tem tanto de religioso, quanto de teatral. Um espetáculo que leva, sem dúvida, os espectadores a uma viagem através dos séculos.

     

    Respirar os ares do século XVII e XVIII pelas ruas estreitas e antigas da cidade é, sobretudo, penetrar nos cenários de importantes acontecimentos históricos. Entrar no clã dos Fonseca, a casa da família de Marechal Deodoro; no belíssimo Museu de Arte Sacra de Alagoas, com peças raríssimas e de grande valor para o patrimônio sacro brasileiro. Os casarões e as famosas igrejas completam uma preciosa arquitetura que pode ser apreciada na cidade que mereceu ser a primeira capital do Estado.

    ..::.. Igrejas ..::..

    Visitar Marechal Deodoro é viver o incomensurável patrimônio que faz parte da história de Alagoas, do Brasil e do mundo. As mais antigas construções do centro histórico da cidade datam do século XVII sob a influência da colonização e arquitetura portuguesas.

    A primeira capital de Alagoas guarda em todos os pontos uma mostra da forte religiosidade que imperava na época pelo considerável número de igrejas. Do ponto que vai desde a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, seguindo pela igreja de Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Amparo, Igreja de Santa Maria Madalena até o Convento e Ordem Terceira de São Francisco, as construções estão dispostas de tal maneira, que formam uma espécie de “polígono sacro”. No século XVIII as ruas que ligavam os templos foram consideradas como as principais da cidade, e atraíam os moradores das redondezas para as grandes festas e procissões durante a Semana Santa.

    É impossível entrar em Marechal Deodoro e não sair mais rico culturalmente, a magia expressa em suas construções é tão forte, que a sensação que se tem ao vê-las, é de ter voltado ao passado.

    Igreja Santa Maria Madalena / Convento de São Francisco

    O início da construção da igreja e convento foi em 1684, apesar de dois anos antes dessa data já terem chegado na cidade os primeiros membros da Ordem Franciscana. Em 1689 foi terminada a capela-mor, depois disso, as obras foram paralisadas durante 30 anos, e apenas em 1723, o prédio foi concluído, mas toda a obra só foi totalizada em 1793 com a conclusão da fachada.

    A imponência da construção se destacou diante da singeleza do casario circundante. A composição do conjunto arquitetônico é impressionante mesmo depois de alguns séculos, porque apesar da ação do tempo, a beleza e suntuosidade da construção impressionam.

    A Igreja da Ordem 1ª de São Francisco, ou Igreja de Santa Maria Madalena apresentava internamente uma extraordinária suntuosidade. No convento o pátio interno tem ares de tempos medievais, por conta das colunas que sustentam os arcos em alvenaria com três cantos. Na parte superior do prédio funciona o Museu de Arte Sacra de Alagoas, que reúne todo o acervo religioso do município.

    Igreja da Ordem Terceira de São Francisco – anexa a Igreja de Santa Maria Madalena foi construída durante o século XVIII, possui fachada de estilo Rococó. Uma porta única, feita em folha almofada, dá acesso ao templo que tem mais três janelas de adorno.

    Igreja do Senhor do Bonfim – primeira igreja construída no município de Marechal Deodoro. Não se sabe ao certo a data da sua construção, mas conhece-se o fato de o patrimônio ter sido estabelecido por Diogo Soares da Cunha, no ano de 1611. Sua fachada tem influência das igrejas franciscanas de outras cidades da região Nordeste. 

    Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – Sem registros para precisar a data de construção da matriz de Nossa Senhora da Conceição, algumas fontes indicam que a mesma já existia em 1654 e que foi edificada pelo português João Esteves, em troca das terras do atual distrito de Massagueira. Foi queimada e destruída pelos holandeses quando da invasão do território.

    No ano de 1672 os habitantes da vila voltaram a levantar o monumento, que foi concluído muito anos depois, em 1783. A obra é marcada pelo predomínio dos traços do estilo rococó.

    Além de toda significação religiosa que inspira, foi na matriz, em 1819, que foi empossado o primeiro governador da Capitania de Alagoas. Em 1860, o Imperador D. Pedro I, juntamente com a Imperatriz Dona Teresa Cristina visitaram o monumento. Nesta igreja foi, também, celebrado o casamento do Major Mendes da Fonseca com Rosa da Fonseca. Assim como foram, neste templo, batizados todos os seus filhos, entre eles, Marechal Deodoro.

    Igreja de Nossa Senhora do Amparo – o monumento teve sua pedra fundamental lançada em 1757. Em 1819 recebeu a imagem grande que fica no altar, quatro do crucificado e mais uma da caixinha. Em 1860 sua obra foi dada como concluída, apresentando fachada com frontão brasonado em volutas e ladeados por dois pináculos. Na parte de baixo, um óculo lobulado e duas janelas sob a porta principal almofadada. Neste mesmo alinhamento frontal está a torre com uma sineira. No ano de 1683 a irmandade de Nossa Senhora do Amparo foi instituída.

    Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – A edificação já existia por volta de 1777 sob a forma de capela, sendo orago de grande devoção entre os homens negros. Registros mostram que a construção do atual templo, maior que o anterior, foi iniciada em 1834 pela irmandade do Rosário. Sua fachada é marcada por traços neoclassizantes.


    Convento e Igreja do Carmo

    Igreja do Carmo – a obra de autoria dos religiosos carmelitas não tem data conhecida de construção, mas estima-se que seja anterior ao ano de 1715. Serviu de moradia para os religiosos que construíram o Convento do Carmo e, em 1872, passou a ser Capela do Cemitério do Carmo.

    Convento do Carmo – também conhecido como Convento Caiado, sua construção teve início em 1722, mas nunca foi dada como concluída, por conta da quizila judicial entre os responsáveis pela sua construção, os religiosos carmelitas, e os franciscanos. Os dois grupos religiosos disputavam a soberania religiosa local.

    Igreja de Nossa Senhora do Ó

    Na Igreja de Nossa Senhora do Ó, começou a ser instalada a Irmandade da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo da Reforma Calçada, em 16 de julho de 1744. Muito tempo depois, em novembro de 1870, foi entregue ao culto público completamente restaurada e serviu de capela ao cemitério público da antiga capital alagoana.

    Atualmente está em grau acentuado de arruinamento, mas ainda mantém a porta de madeira almofadada e conserva na sua fachada elementos estilísticos prováveis do século XVIII, frontão típico em curva e contra-curva, similar a muitos do mesmo período.
    ..::..  Museu de Arte Sacra do Estado de Alagoas  ..::..

    Dom Ranulpho da Silva Farias 

    Convento de São Francisco 

    Histórico


    O conjunto arquitetônico Santa Maria Madalena retrata um dos mais belos exemplares da arquitetura barroca em Alagoas, merecendo destaque entre os demais monumentos históricos do Estado pela riqueza de detalhes que compõem a obra e por ter sido cenário para as mais diversas ocupações ao longo dos três últimos séculos.

     O marco inicial de sua construção remonta a 1635, quando na antiga Vila de Alagoas do Sul foi construído o recolhimento de palha e ramagem para abrigar Frei Cosme de São Damião e seu secretário, que integravam a leva de fugitivos oriundos de Pernambuco no período da dominação holandesa.



    Em 1657, a câmara e o povo de Santa Maria Madalena da Lagoa Sul  dirigiram uma petição a Frei Panta Leão Batista, prelado maior da custódia de Santo Antônio, da capitania da Bahia, solicitando a construção de um mosteiro em alvenaria no lugar de onde esteve o primeiro recolhimento.


    A 4 de dezembro de 1660, Frei Pedro de São Paulo dá início à construção do convento franciscano. Em 1684 foi lançada a primeira pedra para a construção do atual edifícioIgreja e Convento. As obras sofreram uma longa paralisação de trinta anos, tendo sido o prédio concluído em 1723, embora, muito antes os religiosos residentes utilizassem algumas dependências para ministrar aulas de Gramática para a população local. Em 1793 veio a ser terminada a fachada da Igreja, dando conclusão à obra - mais de três séculos e meio desde a sua iniciação.


    No início do século XX, na decorrência de um processo de esvaziamento gradual sócio-econômico e religioso da cidade, o edifício que abrigou o Convento passou a ser utilizado como acampamento para soldados do 20º Batalhão de Caçadores de Maceió, entre os anos de 1821 a 1839; abrigo para desabrigados das secas do sertão; e ainda outros usos que acarretaram danos de diversas ordens ao edifício.

    Prestou-se ainda para abrigar o Seminário Diocesano de Alagoas durante dois anos, e em 1915, a instalar o Orfanato de São José, o qual foi transferido para uma edificação anexa, construída no próprio terreno do Convento.


    Em 1984, a estrutura física do conjunto arquitetônico sofreu mais algumas alterações para instalar o Museu de Arte Sacra do Estado de Alagoas, que perdura até hoje, mantendo um acervo com mais de 200 peças, entre esculturas em madeira dourada e policromada,  pinturas sobre tela, mobiliários, jóias e objetos litúrgicos em ouro e prata, alfaias em geral. Tudo produção dos séculos XVII, XVIII e XIX.


    Principais peças:


    Santa Maria Madalena

    Técnica: escultura em madeira, dourada e policromada
    Autoria: não identificada
    Época: século XVIII
    Origem: não identificada
    Dimensões: 0.96 m x 1.00 m x 0.60 m

    Nossa Senhora Divina Pastora

    Técnica: escultura em madeira, dourada e policromada
    Autoria: não identificada
    Época: possivelmente século XVIII
    Procedência: Igreja do Senhor do Bonfim de Taperaguá
    Dimensões: 0.87 m x 0.65 m x 0.39 m

    São Roque

    Técnica: escultura em madeira, dourada e policromada
    Autoria: não identificada
    Época: possivelmente século XIX
    Procedência: Nossa Senhora do Amparo
    Dimensões: 1.80 m x 0.90 m x 0.50 m

    São Francisco

    Técnica: escultura em terra cota, dourada e policromada
    Autoria: não identificada
    Época: século XVII
    Procedência: Museu Dom Ranulpho (Maceió)
    Origem: não identificada
    Dimensões: 1.91 m x 0.75 m x 0.45 m

    Nossa Senhora do Rosário

    Técnica: escultura em madeira policromada
    Autoria: não identificada
    Época: possivelmente século XVIII
    Procedência: Igreja Nossa Senhora do Rosário
    Dimensões: 1.33 m x 0,51 m x 0.40 m

    Acervo


    O conjunto arquitetônico logo se destaca por conservar o espírito barroco da arquitetura religiosa luzitana. Aberto ao público em 5 de agosto de 1984, o Museu de Arte Sacra de Alagoas reúne todo o acervo sacro da primeira cidade alagoana, num ambiente que transpira ares medievais e mantém, séculos após sua criação, a elegância e harmonia do estilo rococó.

    Seu acervo possui peças em ouro, prata, madeira policromada e barro dos séculos XVII, XVIII e XIX. Peças como o Cristo Crucificado e o Cristo Morto, do século XVIII, chamam a atenção dos visitantes para a coleção de esculturas cristãs, verdadeiras preciosidades. Entre elas, destacam-se as imagens dos santos-de-roca  (bonecos que têm o rosto esculpido e cujo corpo é uma estrutura de madeira coberta por roupas) da qual Nossa Senhora do Rosário ganhou uma representação.

    Partindo de um saguão que destaca o mobiliário de época usada em sacristias e palácios episcopais, o visitante pode contemplar, ao longo de cinco salas sucessivas, raríssimas imagens que representam as venerações mais presentes da vida cristã alagoana - São Benedito, Divina Pastora, Nossa Senhora do Rosário, Santo Antônio e muitas outras. Juntas aos objetos de ourivesaria litúrgica e cristã, em ouro e prata, compõem um conjunto de singular beleza e preciosidade.

    No grupo de imagens alusivas aos Passos da Paixão, destaca-se o Senhor Morto (século XVIII) pela excelência do trabalho escultórico e a mobilidade dos braços, como também por ser o único santo do pau-oco existente no acervo. Além das citadas, podemos destacar uma  outra raridade do século XVII: Nossa Senhora do Ó, sendo esta a peça mais antiga do museu. Merecem destaque ainda a imagem de Nossa Senhora da Conceição e São Francisco – as duas únicas esculturas de terra cota policromada.


    Igreja de Santa Maria Madalena

    Na Semana Santa do ano de 1662, nela foi cantada a primeira missa, e a 4 de outubro, a Igreja de Santa Maria Madalena recebeu o sacrário. No início do ano de 1689 foi concluída a construção da capela-mor. E em 2 de julho de 1692 se abriram os alicerces para mais corpo da igreja. Sua construção durou mais de um século e sua conclusão foi em 1793.

    Em estilo rococó, a Igreja de Santa Maria Madalena diverge, quanto à disposição da torre, do restante das casas franciscanas do Nordeste. O retábulo (ornamento localizado na parte posterior de um altar) da capela-mor exibe talhas contemporâneas à Capela Dourada de Recife - com a mesma expressão e em escala maior – colocando-o entre os melhores retábulos do país. Outro destaque é a escada que liga a sacristia ao pavimento superior do convento, elaborada em belíssimos motivos fitomórficos.

    Descrevendo este belo exemplar de grande valor cultural, encontramos na sua fachada os seguintes destaques: os ornatos fitomórficos em pedra calcária comum na região. Padieiras emolduradas nas janelas de coro. Sobre a janela central, um óculo para favorecer a ventilação e mais um, em formato oval, na base de sua torre.

    O altar é composto por ramagens, folhas de palmeiras, flores e frutas, assim como motivos míticos e antropomórficos. No centro está o Trono Eucarístico, logo abaixo o querubim Atlantes (masculino) e Cariátede (feminino); o brasão da Ordem Franciscana e a coroa imperial. O altar-mor é separado da nave por um arco cruzeiro. Nela existem três altares laterais feitos no século XIX.

    Do lado direito de quem entra na nave, que é única e espaçosa, podemos ver outro altar – para alguns historiadores com beleza artística inferior aos demais – que abriga uma das peças mais importantes da arte sacra brasileira: o Cristo Crucificado – uma bela escultura em madeira, rica em detalhes anatômicos. Este belo exemplar da escola Jansenista é raríssimo no Brasil, onde só há dois: o que está localizado no Museu de Artes Sacras de Alagoas e um outro em terras baianas.
    A capela-mor possui teto em caixotões e a capela profunda com retábulo, cujo trabalho não existe igual em todo o Nordeste. Sob seu coro, um painel ilusionista: Santa Clara de Assis, pintura de autoria de José Eloy, artista pernambucano, datada de 1817.

    Na parte central da nave, encontra-se um medalhão apresentando a cena da “Indulgência da Porciúncula”, uma grande escultura de autoria desconhecida, que passou a ser conhecida como o “Perdão de Assis”.

    Ainda na parte lateral da nave, à direita do altar, encontramos um Cristo Crucificado em estilo barroco, diferente do Cristo imolado na cruz. Este com uma nova conotação: os seus braços estão em sentido vertical, cabeça erguida como uma atitude em desafio à morte.

    A imponente fachada é composta em três arcos centrais, com grades em madeira e uma outra ao lado que dá acesso à portaria do convento. Entre a galilé (alpendre anexo ao corpo principal da igreja) e a porta única de entrada para a nave, existe um espaço destinado que, na época em que foi construída, destinavam-se ao pernoite dos peregrinos ou aos escravos para assistirem os atos litúrgicos.

    Segundo historiadores, o fato da Igreja de Santa Madalena ter sido construída em vários períodos diferentes da história, resultou numa obra que reúne vários estilos arquitetônicos diferentes, tornando-a um grande monumento do patrimônio histórico brasileiro.



    Museu de Arte Sacra de Alagoas
    Convento de Santa Maria Madalena da Ordem de São Francisco
    CEP: 57160-000 - Marechal Deodoro/AL
    Cel.: (82) 9998-3520

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